Eça de Queirós e D. Luís de Castro Pamplona, conde de Resende, viajaram para o Egito em 1869 para assistirem à inauguração do canal de Suez, um evento que motivou feéricos festejos e propiciou aos dois amigos uma viagem pelo Norte do país do Nilo com um prolongamento pela então chamada Terra Santa, num percurso emotivo que incluiu uma visita no Sul da península do Sinai. O roteiro queirosiano traçado entre o Egito e Israel permite hoje aos viajantes (e são muitos os interessados) jornadear por terras cheias de história, de cultura e de monumentos, graças às boas e profícuas relações que estes dois países têm entre si atualmente, facilitando assim a escolha deste roteiro como um aliciante e enriquecedor destino turístico. 

Mas a impressionante riqueza histórica e cultural que este percurso oferece, tanto na escolha dos locais a visitar em ambos os países (quer os sítios antigos ou os mais recentes) como na sua limpa e objetiva descrição, exige adrede que os agentes promotores de uma viagem que recrie a jornada queirosiana se atenham criteriosamente à divulgação séria e coerente das suas propostas, dando um cunho didático aos programas colocados à disposição dos viajantes.