Atividade Económica entre Brasil e Portugal nos dias da Independência
Nesta aula serão abordadas as trocas comerciais entre Portugal e o Brasil com especial incidência para as entradas na barra do Douro (131 produtos brasileiros diferentes) contra as saídas pela mesma barra em sentido inverso (27 produtos portugueses) nos dias da Independência. Serão ainda referidos os armadores-negociantes que suportavam este comércio e a sua importância para ambos os lados do Atlântico.
A 17 de junho de 1922 um hidroavião pilotado por dois oficiais da Marinha Portuguesa amarou na Baía da Guanabara no Brasil concluindo assim a primeira viagem por etapas voando sobre as águas do Oceano Atlântico. O Brasil estava a comemorar o centenário da sua independência e este foi o maior abraço possível que Portugal lhe poderia ter enviado. Ação audaciosa e arriscada, sem dúvida, mas também fruto dos sistemáticos estudos, ensaios e aperfeiçoamentos técnicos levados a cabo pelos dois protagonistas. O Brasil rejubilou e festejou-os até ao delírio; no regresso Lisboa e o país enalteceram-nos e adotaram-nos como símbolos nacionais. Nesta evocação vamos relembrar esses dias gloriosos da Aviação Portuguesa.
D. PEDRO PRÍNCIPE, IMPERADOR E REI
A figura de D. Pedro de Bragança constituirá o tema exclusivo desta digressão histórica. Embora o seu tempo de vida tenha sido curto (não chegou a completar 36 anos), a intensidade, os excessos com que a viveu e os papéis que desempenhou valeram por várias vidas.
D. Pedro Príncipe, Regente, Imperador no Brasil, Rei, Duque de Bragança e novamente, Regente em Portugal foi protagonista decisivo no Brasil, devendo-lhe este país a sua independência e também a manutenção da integralidade da imensidão do seu território. Detentor de duas coroas, de ambas abdicou em favor dos seus herdeiros naturais, não tanto por desapego do poder, mas porque as circunstâncias políticas a tal aconselharam. Se no Brasil inaugurou uma nova era na história daquele país, em Portugal lutou pela Liberdade contra as tropas absolutistas do irmão D. Miguel e restituiu o trono à sua filha, repondo o reino no novo caminho que fora iniciado em 24 de agosto de 1820.
A sua morte prematura e a doação do seu coração à cidade do Porto terão favorecido um certo “culto cívico” de herói nacional?
A Corte Portuguesa no Brasil
Entre 26 de abril e 3 de julho de 1821, uma esquadra de 12 navios, transportando entre 3 e 4 mil pessoas, fez regressar a Portugal o monarca D. João VI. Os 14 anos de presença real no Brasil, a conjuntura interna e externa, produziram importantes transformações no mundo ocidental e abalaram, sistematicamente, as estruturas do Antigo Regime.
No Brasil, a corte “brasileira” mimetizou a corte “lisboeta”. Foram incrementadas novas práticas de sociabilidade e o Rio de Janeiro assumiu uma nova cosmovisão, fruto das circunstâncias sociais, políticas e económicas. Tudo se alterou: a sociedade, a cultura, a economia, o urbanismo, as estruturas de poder, os espetáculos, as comunicações, o ensino… A centralização foi notória e o desenvolvimento também.
Quando retornou a Portugal, D. João VI deixava o Brasil maior e mais desenvolvido do que encontrara. Estava para breve a independência.
Os crentes católicos portugueses têm nos seus devocionários referências desiguais a São Gonçalo de Coimbra, São Pedro Gonçalves, São Gonçalo de Amarante, São Gonçalo de Lagos, São Gonçalo Garcia, festejados em âmbito religioso, mas extravasando significados para devoções populares em várias localidades e santuários do continente, regiões insulares e diáspora das antigas colónias, com especial expressão em algumas cidades e povoações portuguesas e do Brasil. Sendo quase todos originários de Portugal, ou criados em ambiente cultural português, nesta abordagem vamos procurar estabelecer linhas de continuidade destas devoções desde as suas raízes pré-cristãs até às atuais manifestações ritualizadas de alguns deles como figuras totémicas das comunidades que os adotaram como padroeiros.
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ID da reunião: 852 1325 8238
Senha de acesso: 643709
No passado dia 13 de dezembro faleceu a nossa Cara Colega membro da direção da associação Amigos do Solar Condes de Resende – Confraria Queirosiana, Susana Maria Simões Moncóvio. A ilustre finada era Doutora em História da Arte Portuguesa pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde em 2014 apresentou a tese «O Centro Artístico Portuense (1880-1893). Socialização do ensino da História e da Arte moderna no Portugal de oitocentos». Tendo publicado muitos outros ensaios sobre História da Arte, dedicou também o seu labor ao estudo e divulgação da vida e obra de Eça de Queirós e seus familiares e contemporâneos, tendo publicado vários artigos sobre estas matérias na Revista de Portugal e em outros títulos da imprensa académica.
História do Brasil Colonial
Prof. Doutor J. A. Gonçalves Guimarães
3 de dezembro de 2022, 15-17 horas
Ao contrário do que aconteceu com a América do Norte, não é conhecida nenhuma ligação histórica dos europeus ou africanos com a América do Sul antes da chegada dos Portugueses. A História do Brasil colonial começa pois com a sua chegada em 1500 e vai prolongar-se até à proclamação do Reino Unido de Portugal e Brasil e Algarves em 1815. Ao longo desses 300 e poucos anos o Brasil colonial foi evoluindo até se transformar num país do seu tempo que facilmente ascendeu ao «concerto das duas nações» e onde convergiram as populações indígenas, os Portugueses, e africanos de várias origens. que deram origem ao Brasil Império em 1822.
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